"A Gente / C(us)todians" foi premiado para melhor filme
Cinematográfico de 2013 «Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis», no Festival
Internacional de Leipzig de Cinema Documental e Animado (DOK).
O filme/documentário apresenta a vida quotidiana numa prisão brasileira
do ponto de vista dos guardas, focando um ambiente laboral extremamente difícil
e promovendo o debate sobre os riscos psicossociais presentes no local de
trabalho, que será o tema da próxima Campanha «Locais de Trabalho Seguros e
Saudáveis» 2014-2015 da EU-OSHA.
O Seguinte vídeo apresenta uma das cenas do filme premiado.
Os motivos que podem justificar o aumento dos riscos
psicossociais são múltiplos e estão, ligados às tendências de alteração no
mundo do trabalho como sejam, a alteração do valor e significado que o mesmo
tem para os indivíduos e grupos sociais, as suas novas formas de organização,
as alterações socioeconómicas, a alteração dos espaços, do conteúdo e da
natureza do trabalho (Rantanen, 1995).
Como recompensa adicional, a EU-OSHA produzirá 1000 cópias do filme
vencedor em 8 línguas da UE, que serão distribuídas em toda a Europa.
SINOPSE: Por
sete anos, Aly Muritiba trabalhou numa prisão. Lá ele fez parte de Equipe
uma equipe. Após estudar cinema e feito algumas curtas-metragens,
Muritiba, volta a seu antigo trabalho para reencontrar seus colegas e realizar
um filme com a Equipe Alfa. A Equipe Alfa é formada por 28 pessoas, homens e
mulheres de origens e formações distintas que fazem a guarda e custódia de
cerca de mil criminosos numa prisão Brasileira. Walkiu torna-se o chefe da
equipe e espera fazer um bom trabalho. Mas percebe que suas mãos estão
algemadas.
O júri
justificou do seguinte modo a atribuição do prémio a este filme:
«Perigoso, imprevisível, tenso e incerto, o
realizador está tão próximo dos personagens que transmite um verdadeiro
sentimento de pertença, a visão de quem está envolvido na luta para gerir um
ambiente de trabalho desafiante e potencialmente explosivo. Debatendo-se com
uma permanente falta de meios financeiros e humanos, sobrecarregados de
trabalho, os guardas vivem «a apagar fogos». À medida que o filme se vai
desenrolando, com a sua observação acutilante, o acesso ímpar aos seus
personagens, os sons angustiantes e uma paleta de cores condizente com as
tonalidades cinzentas do interior da prisão, o protagonista serve-nos de guia,
tornando-se o nosso "Anjo da Guarda"».
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