Terrorismo - Protecção de Infraestruturas de Risco

 

O Governo português já identificou as infraestruturas críticas vulneráveis a ameaças terroristas, ambientais e tecnológicas, no entanto falta implementar um programa de proteção desses pontos em caso de ataque.

A ameaça do terrorismo internacional e o elevado número de casos de desastres naturais levaram, em cada Estado-Membro, uma análise crescente para a proteção das infraestruturas críticas.

Uma Infraestrutura Crítica é aquela que cuja  a sua destruição total ou parcial, disfunção ou utilização indevida pode afetar o funcionamento dos órgãos de Soberania, a Segurança Nacional e sectores industriais que ponham em causa os valores básicos, afetando o Bem-Estar Social da Nação.

A sua criticidade determina-se pelo impacto que a sua destruição, disfunção ou utilização indevida possa determinar no conjunto dos critérios referidos.

As Empresas públicas e privadas de sectores primários, como Energia, Águas, Comunicações e Transportes, têm consciência do impacto que estas ameaças podem provocar na sociedade, assim sendo, têm vindo a estudar mecanismos de gestão de risco, segurança e continuidade de negócio que lhes permitam recuperar rapidamente as suas operações críticas em caso de catástrofe.

A metodologia de gestão do risco apresentada é baseada na ISO 31000 e é composta por 5 fases:
  • Fase 1: Planeamento (Comunicação dos objetivos e estratégias a todos os envolvidos, são identificadas as obrigações legais ou normativas, são escolhidos os intervenientes e definidas as suas responsabilidades);

  • Fase 2: Avaliação de Risco (Identificar os fatores de risco como RH, edifícios, áreas evolventes, utilidades, equipamentos, gestão documental e informática);

  • Fase 3: Tratamento do Risco (Necessário a implementação de medidas que permitam a redução e/ou controlo dos riscos);

  • Fase 4: Monitorização e Revisão (monitorização e revisão da gestão do risco);

  • Fase 5: Comunicação e Consulta (Para que o processo de Gestão do Risco funcione é fundamental que em todas as fases do mesmo exista comunicação e consultas interna e externa).

Esta análise vai ao encontro da estratégia de luta conta o terrorismo vivido presentemente na Europa.

 
No Mapa de Terrorismo e Violência, os dados de 2013 demonstram que:

  •  Verificaram-se 11 aumentos de taxa de risco, dos quais se destacam a Argentina, o Egipto e a Jordânia;

  • Verificaram-se 19 decréscimos de taxa de risco, entre os quais a Alemanha, Itália e Reino Unido;

  • 44% dos países avaliados possuíam uma ameaça de terrorismo significativa, sendo o Afeganistão, Índia, Iraque, Nigéria, Paquistão, Rússia, Somália, Síria, Tailândia e Lémen aqueles em que o risco de ameaça era maior;

  • A Europa foi a região do mundo com melhor desempenho geral, sendo que 47% dos países possuíam um risco reduzido;

  • O povo Árabe continua a exercer alguma influencia na segurança e estabilidade no Médio Oriente, fazendo esta região a mais instável do mundo.

  • O Médio Oriente e o Norte de África foram as regiões que registaram maior proporção de países com perigo de ameaça terrorista ou sabotagem: 85%.  

Aceda ao mapa de Terrorismo e Violência referente ao ano de 2014 através do seguinte link: Mapa Terrorismo e Violência 2014

O Conselho de Justiça e Assuntos Internos da União Europeia adotou, com o apoio de Portugal, uma versão revista da estratégia da UE de luta contra a Radicalização e o Recrutamento para o Terrorismo, em particular através das novas tecnologias de informação e comunicação.

No seguimento das notícias europeias em relação ao terrorismo, Portugal encontra-se numa zona periférica e estrategicamente apetecível, sendo pressionado para uma cooperação internacional e especial atenção aos possíveis atos terroristas em Infraestruturas Críticas Nacionais.

Fonte:segurançaonline.pt

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